Foto: sxc.hu

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mães

uma certeza: que todo rio desagua na inevitável queda.

À parte de se crer nisso ou não, primeiro se cairá.
No colo da Grande Agiota (que cobra um juro muito alto), lições importantes podem ser tomadas, dessa outra mãe que nunca se sai dos braços e que, ao final do rio, volta-se, cansado, para dormir uma vez só...


Por que, enquanto se corre, ou quando se aventura no rio inevitável, vê-se os mais fracos sendo levados (por que é mais fácil ou por que não lhe há pedras no meio do caminho), inconscientemente, para a obscura queda ao final... e estes, que sucumbem, se constituem talvez num magnífico quadro de visão ampla do rio, como um mapa de onde haverão pedras (que, quanto mais irremovíveis, mais ajudam a manter-se no rio!) e onde a correnteza é muito forte ou se há outros para se unir e ir juntos contra o fluxo temporal. 


Os rostos agônicos que passam por nós involuntariamente, cansados, dizem o quão fortes deve-se ser... 
o rio é invencível... mas a força também é infindável na medida da vontade.


E... antes de querer-se não pagar a dívida (por que não existe essa possibilidade), deve-se aproveitar o melhor possível o empréstimo dado por essas duas mães.

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