Foto: sxc.hu

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sorriso

Sempre sorria.

Outra vez, quando me olhou, sorriu.
Perguntei: que foi?
Disse: nada! - e sorriu

Eis uma poesia hiper-hermética aos olhos, mas totalmente ritmada com o momento, entoada numa despretensão heptassilábica, sobre a beleza das coisas aparentemente sem motivo e inalcançável aos insensíveis (mas alçando altos vôos através dos trompetes mahlerianos de um hino ao triunfo sobre as vicissitudes):

quatro letras e dois belos sorrisos!

Heidegger

A angústia "é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda."


texto retirado de http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/leonardoheidegger.htm