Foto: sxc.hu

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Releituras - 2006

Ela é toda sonho.

E, com um jeito simples, mas não rude, se achega na poesia e vai modelando microtexturas tão complexas com ela, que à mesma se funde. Com aqueles olhos cor de café-superado, e um jeito de algodão doce, dissolve seu velho urso de pelúcia naquela poesia também, por que ainda é uma criança que é sol mesmo num dia de chuva, mas que tem medo de calos.

Moça de razão e emoção, mudaras? Tornou-te quem tu és?
Ainda queres voar sem cair?

(Apesar de que, mal consigo te ver daqui, está quase se tornando uma daquelas estrelas que a gente acha que existe, mas que começa a duvidar se apelar somente para a razão dos astrônomos.)

Como bem sabes, a queda não é o fim, como o erro também não é vergonha. Se caíres, nasça de novo! Se te apegares a suavidade das nuvens e ao friozinho aparentemente seguro do céu, é por que deverás cair para recomeçar!

Mude sempre, mas sempre com a loucura dosada insubstituível.