Foto: sxc.hu

domingo, 2 de maio de 2010

Desilusões: IV - Crepúsculo da vontade

Era um rapaz com 26 anos. Pretensões de querer de alguma forma mudar as pessoas permeavam boa parte das suas idéias: desejava que as pessoas se educassem, para que elas mesmas buscassem resolver seus problemas sem precisar da mão estendida a oferecer a ajuda fundamental, tanto para resolver quanto para minar cada vez mais as chances de crescimento daquele que se ajudaria através da rancificação da vontade própria do mesmo.

Mas, talvez, as idéias, com o tempo, começariam a soar opacas e amareladas, quase se fundindo ao fundo da gaveta e àquelas lembranças vagas, com cheiro de grama da infância... Agora, provavelmente, ainda haja um reluzir, como um velho relógio que tenha parado, mas que talvez, seja boa parte de um passado coerente e nada mais que isso...

Parece que não só as células que se degeneraram, mas também a esperança. Quiçá haverá de vir a próxima geração para soprar o pó acumulado por comodidade sobre as esperanças, para bradar o estandarte da vida e tentar amanhecer a geração anterior para novas idéias e novas esperanças.

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