Onde estariam todas aquelas coisas que vimos e nos impressionamos? Sim, de um ponto de vista, elas estão lá, no passado, esperando para serem revisitadas, para nos reimpressionarmos e reescrevermos nosso mundo. Mas e agora, nesse momento, o que lhes aconteceu? Mudaram, continuam iguais?
Aquele bom senhor, que um dia visitamos sua humilde casa, onde mal se via distinção entre quartos e sala, entre deuses e matéria, entre realidade e sonho, o que será que aconteceu a ele? Por que, para nós, ele ainda está lá, sentado na mesma cadeira, balbuciando os mesmos sons quase mântricos, fazendo-nos pensar sobre o quão difíceis podem ser os caminhos para os quais direcionamos nossa vida, a ponto de nos assustarmos com atos de solidariedade e de boa vontade.
E aos lugares que um dia moramos, às casas de nossas viagens, o que aconteceu a eles? Às vezes tenta-se revisitar estes lugares sem nossa presença mesmo, com auxílio da imaginação. E dá mais saudade e dá uma pontinha de tristeza também... são dias bons esses, que não poderemos ter iguais.
Script
Há 6 anos
2 comentários:
o seu texto me lembrou legião urbana: "o futuro não é mais como era antigamente", pq a humanidade anda em círculos e tudo o mais... enfim...
Já disse o observador Heráclito que um homem nunca entra duas vezes no mesmo rio: na segunda não é o mesmo homem e nem o mesmo rio. Relembrar o passado é só um exercício de memória. Revisitar o ontem no amanhã, só um exercício de imaginação. Imaginação essa que é potência criadora: pode ou não realizar-se amanhã, para que sendo ontem, não seja igual a nada mais (vivido ou a se viver). (eu adorei essa sua conclusão e esse post em particular) =)
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