Foto: sxc.hu

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Poente

Brilhava num resplandecer dourado e alto.

Trajava sonoridades que os olhos degustavam lentamente, como os aromas de fino trato táctil, desejosos de tornarem-se lembranças futuras ao som da meia-noite, enquanto no estar mergulhado na solidão necessária.
Num longo ósculo oblíquo, ostentava as serenatas suaves que emanavam vontade delicada de existência, que nunca se creu realmente. Mas ali, agora, era.

Afrodite possível, se quisesse, teria um coração inocente entrecortado nos seus dedos.
Ele sonha e luta para que os dois sóis se ponham sobre os dois oestes.

2 comentários:

Daniela Yoko Taminato disse...

dois poentes, dois oestes: duas galáxias diferentes?

Alberto K. disse...

Diferentes, mas convergentes!