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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Estar-se só

Por que acostumou-se assim.
À beira da sombra ou mesmo ao sol, era criança de brincar só com os próprios primos e irmã.
Nunca jogou bola na escola; aliás, se fosse, era a sina de ser último.

Quando viu-se com alguém, foi só uma vez a dar gostos de recalque freudiano.
E agora, em vez de lutar, convenceu-se piamente... a dor é pior que cachaça, por que nunca passa.

Diz que não está triste...
ver quem gosta, aparentemente feliz em outro amplexo foi consequência lógica basicamente.
Se o mundo é o que se vê, e vê-se só e sem sol, que vontade há para superar isso? Convencer-se se torna bom meio de entender tudo.

Ah... vá tudo para o diabo.

2 comentários:

Daniela Yoko Taminato disse...

Se estamos no inferno abraçamos o capeta. Essa é a regra da casa... eu acho.

Alberto K. disse...

Tem jeito não, né...
O pragmatismo instrui a isso.