O ranço que escorria do pessimismo ignorante se refestelava dentro das suas bocas.
Teus risos unilaterais, monologantes, parecem até justificar o doce gosto que vem dos podres e infestados pensamentos imediatistas, alienados, que insinuam o tom dos clichês que se atribuem aos que se esforçam por não cair na velha conversa da verdade absoluta (Foucalt que o diga!): inocentes, idealistas, extremistas, radicais, "socialistas", "anarquistas" (e muito mais outros movimentos políticos estereotipados pela tacanhez, alheia a compreensão dos processos)... mas, sabe, estes teus chicletes não passam de angústia disfarçada de escudo brilhante.
A sutileza linguística era uma das suas armas: tratavam de diminutivar na mesma proporção do tamanho da sombra que sua soberba fazia pairar sobre os outros. E era assim: não ousasse ninguém captar essa manobra mental, por que senão o manjado discurso da não aceitação de opiniões emergiria.
Claro que, com menos do que o próprio cérebro, não era muito complicado compreender a demanda do pisar alheio: é a velha história de ser a partir do não-ser dos outros.
Será que a escuridão só existe na medida em que não há luz?
Script
Há 6 anos
2 comentários:
Damn! o_O
Me soou meio revoltado, esse post...
"Ser a partir do não-ser dos outros"? Bem provável. Mas para não se juntar aos outros, um pouquinho de esforço basta.
Take care!
Beijos
constituímo-nos a partir da presença do outro - se iguais ou diferentes; mas para tal há a necessidade do outro.
não tem escapatória...
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